sexta-feira, 7 de maio de 2010

os sons do teu coração

no teu mundo não há fadas nem duendes,
há perdições em tom de lágrimas que teimam em quase cair
cada vez que falamos
há amores perdidos num passado que já não existe
há melodias improvisadas
pelos pontos brancos do tecto que teimam em querer ser meus amigos,
em pontas soltas de respiração semi-ofegante que nunca pensei ouvir tão próximo de mim...

e assim entrei em ti e tu no outro e todos nós em todos nós
como se fossemos um melhor que cada um outro.
eu ajudo-te a sair daí - disseste...
e perdi-me por momentos num mar de alegrias menos próprias
de tristezas que nem sabia ter
num oceano de palavras silenciosamente angustiantes...
e sem olhar para nada a não ser para ti
(quem quer que fosses!)
improvisei um sorriso mais ou menos teimoso
que ainda permanece
que me embala
que me adormece
que não é mais que a tua mão a segurar-me o colo no leito que um dia julguei i-g-n-o-r-a-n-t-e-m-e-n-t-e ter.

se quero morrer feliz?
quero.
se quero improvisar mais sorrisos?
se quero ouvir o bater de todos os corações deste mundo junto do meu?
não sei...
quanto a mim...enquanto Ser brevemente amado...

...doeu-me, lapidou-me, e devolveu-me...
Obrigado.

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