terça-feira, 9 de fevereiro de 2016

Sevilhanas

As falsas pretensas de filhas oferendas de amores perdidos
São mais fáceis de limar que os cantos de uma mesa com caruncho.
São camas Senhor, são camas
Onde elas se deitam
E sonham com outras rameiras menos rameiras que elas próprias
e...
Desvelam-se todas perante o pudor
Esse o tal e singelo amor.

São falsas Sevilhanas a dançar ao som de um fado
Esse mal amado,
Esse fingido,
Esse falso amor dorido,

E no fim
Ficas tu...
A olhar o palco abandonado.
Sem ninguém com quem falar
Sem ninguém para chamares de amor amante ou amado.
E ainda assim...resta-te aquele sorriso voraz no canto da boca
e os olhos mergulhados no vidrado  da felicidade
porque o amor vai ...vem ...volta...e regressa outra vez
Sempre que é de verdade...