Onde vais? - perguntei eu com o sobrolho franzido
Encolheste os ombros em jeito de pausa dúbia e não falaste...
Onde vais? - voltei a perguntar com um tom um pouco mais alto
Não sei - disseste.
Como não sabes? - indaguei-te com ar de lobo mau
Não sei mesmo, juro - disseste com ar de anjo
Mas voltas?
Talvez?
Achas que voltas?
Sim. - disseste afirmativamente
Então eu espero por ti. - disse eu com um sorriso pequenino...
Está bem - disse-me enquanto caminhava tocando com os dedos no chão e benzendo-se a cada passo que dava sem olhar para trás...
Nunca mais regressou de onde não sei para onde foi...
...porque nunca saiu de dentro de mim...
Guilherme
És Infantil
Há 10 anos