segunda-feira, 21 de dezembro de 2015

A visão turva

Não me lembro de ti da forma que eras
não me lembro de ti nem do que de mim esperas...
espero ...espero ...anseio e espero mais um pouco
se não te quero agora, sempre te vou querer como um tal de Louco.
Não sei se a tua imagem desfocada e turva será do tinto
não sei se algum dia vou voltar a beber-te.
Não sei sequer se quero uma noite como a de ontem...
porque para mim é sempre ontem
e no dia anterior a ontem
havia uma memória não lembrada
de uma noite mal passada...

Será que me entendes
será que me gostas
será que me esqueces assim?
Será que todas as memórias que tenho de ti morrem por fim?

Faço um esforço imenso para não te esquecer
ainda assim a sorte está do meu lado
e tu tornas-te um mero calor abafado...
tornas-te com aquele hífen que teimas em não usar
porque o presente é mais forte que tu
e se ainda assim não tens raiva suficiente para me esquecer...

esquece ...e vamos viver...