segunda-feira, 28 de maio de 2012

Compasso Poético


Faltam 5 minutos para sair de casa a abandonar tudo aquilo que me é familiar ...
simplesmente porque quero e, posso e, derivo disso para viver.
Não sei se quando sair pela porta da frente recuarei até à cobardia e voltarei a entrar pelas traseiras sem ninguém me ver.
Não me parece.
Apesar de sentir que algo me prende tão fortemente que deixava de viver tudo o que me prometi
só para te ter aqui.

Soa a música foleira este compasso poético.

Inspiro, travo, olho o mar e volto a mim...


...o sentimento de amor ...seja ele de onde for...é rídiculo, fogaz, amargo, delicioso, ternurento, calmo, patético, sem grande sustentação social...
O que é o amor então afinal?
uma conversa?
uma dádiva?
um perdão?
um sorriso?
Esse sorriso que me ficou na memória mesmo quando me queimo no quente da água do chuveiro.
Esse rasgar de olhos que teima em ser meu companheiro ...
cada vez que penso em ti...num compasso pateticamente poético...

Nada que escrevo é tão perfeito como a falta de palavras que descrevem a lembrança constante da tua pessoa...
Nada é tão perfeito como o momento de paz em que me esqueco de ti depois de te recordar ...

Nada seria tão perfeito como poder dizer-te todos os dias o que te disse um dia, sem depois de ti me afastar...