quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

O Comboio do Amor

Sequei o molhado do cabelo na brisa de uma janela do comboio...
e nunca mais me constipei...
meti aquele som de que tu gostas
e empurrei a parte vertical do banco
contra as minhas costas.
Senti que estavas ali e tive esperança
esperança que um dia os teus olhos pudessem ser sempre o espelho do meu gostar
tal como a esperança de ter todos os dias um lugar junto à janela a ver o mar ...
...como meu assento (o aconchego).
Nos dias em que não corro, não transpiro, não olho para ninguem, não faço amor...
São dias que passam sem que nada me viole
são dias de pura contemplação...(em segredo)
mas continuo com a esperança de ter um lugar para me sentar...

O amor não são suspiros, não são lágrimas, não é a negativa de uma alegria contida. Não são "ais" sucessivos em busca de um sorriso pecaminoso que nos excite até à asma orgásmica...
O amor não são carris que nos levam à deriva por paisagens miraculosamente diferentes no mesmo trajecto
O amor não é o amor por si só uma troca de mimos por afecto...

O amor é aquilo que eu sinto que vou sentir toda a minha vida por ti, somente isso.
Independentemente de onde venha, de onde esteja, ou para onde vá no momento a seguir a te ver...
E isso chega para mim.

e para ti?

GR

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