segunda-feira, 6 de abril de 2009

1+1=3

Há quanto tempo não me vislumbras como antigamente
Há quanto tempo é antigamente…

Sente, sente que o meu coração está dormente e não te conhece como antes
Chama-me nomes.
Palavreado obsceno
Porque mais vale uma grande paixão
A um amor pequeno…


Há quanto tempo não amas
Só por amar?
Há quanto tempo não estás
Só por estar?
Há quanto tempo não sorris
Só por sorrir?
Há quanto tempo me conheces...
...não vale mentir.

Há quanto tempo somos amantes em segredo
e nada na vida real…

Há quanto tempo é quanto tempo?
Tanto tempo quanto aquele que demoramos a construir
Aquilo pelo qual queremos passar
Que o que não me mata mais
Há-de um dia me destruir.

Sentei-me um dia à tua espera.
Não vieste…tal como antigamente
Sentei-me no dia seguinte esperando-te…
Em vão…
Sentei-me todos os dias desse mês à tua espera no mesmo sítio
Onde nunca combinámos encontrar-nos
E tal como antigamente não surgiste envolta em fumo branco
Como num qualquer cinema de beira
Não me surgiu o espanto!
Surgiu-me a saudade. Sim a saudade.
Essa fruta proibida, mais serena que um céu despeitoso
Esse meu sentimento de antigamente…

Sentei-me noutro banco com a cabeça tombada para a frente
E senti uma mão na nuca
Eras tu!
Não.
Então?!
Pegaram-me na mão
E levaram-me a fazer contas de cabeça
Mergulhado em óleo a ferver!
Tão bem me faz a dor
Como o faz de conta que está a doer.

Somos mentirosos como antigamente
Não mudámos
Nem um pouco.
Perguntaram-me então ao ouvido
Quem eu esperava.
Eu respondi:
“Serenidade”

Deram-me um papel e uma caneta
Para eu a desenhar como um esboço…
Passei a mão ao de leve numa face desconhecida que sentia conhecer
E encontrei-te.

Sentei-me eu
A paixão
E o amor.
Para o almoço.

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