segunda-feira, 5 de julho de 2010

Telhados de vidro

Depois de algo que vem atrás de mim estará sempre alguém que já me passou à frente
na conjugação parva de verbos soltos está a minha nação
eu.
chuto-me enrolado em cocaína vermelha
e perco-me ali...um pouco mais ao fundo...
estás a ver?
levanta mais a cabeça. Estás quase lá
Ergue-te
e dança
como se não te estivesses a molhar por não teres nada a cobrir-te
vem
vem aqui para o pé de mim
abraça-me com toda a força do teu pulso reumático
e deixa-me sentir-te.

Enxuga-te
que estás molhada.
Choveu-te em cima toda a tua vida
e agora?
Agora...seca-te e diz-me qual a sensação
Pavoneia-te como se de uma cadela com o cio se tratasse este momento
e diz-me
diz-me qual é o teu perante mim
o sentimento...

Nenhum comentário:

Postar um comentário