segunda-feira, 17 de agosto de 2009

O regresso do amor

Onde vais? - perguntei eu com o sobrolho franzido
Encolheste os ombros em jeito de pausa dúbia e não falaste...
Onde vais? - voltei a perguntar com um tom um pouco mais alto
Não sei - disseste.
Como não sabes? - indaguei-te com ar de lobo mau
Não sei mesmo, juro - disseste com ar de anjo
Mas voltas?
Talvez?
Achas que voltas?
Sim. - disseste afirmativamente
Então eu espero por ti. - disse eu com um sorriso pequenino...
Está bem - disse-me enquanto caminhava tocando com os dedos no chão e benzendo-se a cada passo que dava sem olhar para trás...


Nunca mais regressou de onde não sei para onde foi...

...porque nunca saiu de dentro de mim...

Guilherme

2 comentários:

  1. que nunca saiu de dentro de ti... q estranha sensação esta de que alguem ausente, que partiu porque foi essa a vontade q teve continua em nós! mais estranho ainda quando somos nós que partimos e ela teima em permanecer... meio dormente... por vezes volta intensa e aguda como só essa sensação sabe ser... outras vezes porem... adormece e quase parece desaparecer... mas mantem se intacta fortalecida com a energia que nos sugou... e a intensidade aguda da dor do chamamento aumenta e o olhar esse torna se vazio...

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  2. O amor permanece na ausência do ser amado, porque ele é maior que o resto.
    Gostei. Muito.
    :)

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